"(...)Ah, quem me dera que essa Guerra logo acabe e os homens criem juízo e aprendam a viver a vida. No meio tempo, vamos dando tempo ao tempo, tomando nosso chopinho, trabalhando pra família. Se cada um ficar quieto no seu canto, fazendo as coisas certinho, sem aturar desaforo; se cada um tomar vergonha na cara, for pra guerra, for pra fila com vontade e paciência - não é possível! Esse negócio melhora, porque ou muito me engano, ou tudo isso não passa de um grande, de um doloroso, de um atroz mal-entendido!"
"Depois da Guerra". Vinicius de Moraes, 1944, in: Poesia Completa e Prosa.
O texto completo pode ser lido aqui.
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Nestes tempos de violência no Rio de Janeiro, sonhemos com o eterno poetinha que sabia bem das coisas.
3 comentários:
Horrível, ver todo mundo correndo pra fechar as portas e não ter a certeza de que a sua será fechada a tempo. Pior, não saber o motivo do desespero, só sentí-lo tomando o corpo, a lagrima saltando involuntariamente. Indescritível a sensação do alívio, de saber, estamos todos bem!!!Ou quase todos, pq daí evma tristeza de saber o tanto de gente que ainda "corre perigo"
"Estamos todos bem" - fisicamente. Porque emocionalmente deve haver milhares de pais, mães, filhos dilacerados por todo esse sofrimento absurdo!
Espero que tudo acabe bem- na medida do possível e do impossível.
O que aconteceu com meu comentário?
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