Adoro José Saramago. Os motivos são muitos: sua lucidez; suas críticas sempre muito inteligentes e ácidas dirigidas ao capitalismo e ao consumismo desenfreado; sua escrita, sempre tão prazerosa, embora nem sempre muito fácil; seu amor (diria até mesmo devoção, correndo o risco de ser ridícula, já que Saramago é ateu e devoção é geralmente para santos, mas me atrevo e mantenho), sua devoção à esposa Pilar; seu repúdio aos maus-tratos para com os animais, entre muitos outros.
São muitos os motivos para admirar este escritor português, comunista, prêmio nobel e escritor de blog. Sim, Saramago escreve quase diariamente no seu blog, O caderno de Saramago, que eu, obviamente, acompanho. O link está ali do lado direito da página e também ao final deste texto, para quem quiser conferir.
Pois bem. Hoje, enquanto eu escrevia aqui no Ponto-e-vírgula, reparei que tinha post novo em O caderno, e corri lá, animada pelo título Recordações. Deparo, então, com um texto lúcido, verdadeiro e forte. Eu, que há tempos venho mesmo planejando escrever algo sobre memórias, instigada por uma notícia que vi no fantástico programa global, imaginei que o texto de Saramago pudesse estar também relacionado com a tal notícia. Não me enganei. Ao anúncio de uma técnica científica que pode apagar todas as memórias de uma pessoa, com o uso de uma molécula, Saramago respondeu com um sonoro NÃO! E faço coro com ele. Eu não quero ter as minhas recordações apagadas, deletadas como arquivos em um computador, de que não se precisa mais.
O texto, como sempre, correu gostoso, com sensibilidade saltando a cada linha. E faço minhas as palavras de Saramago: "Somos a memória que temos, sem memória não saberíamos quem somos."
Pois bem. Hoje, enquanto eu escrevia aqui no Ponto-e-vírgula, reparei que tinha post novo em O caderno, e corri lá, animada pelo título Recordações. Deparo, então, com um texto lúcido, verdadeiro e forte. Eu, que há tempos venho mesmo planejando escrever algo sobre memórias, instigada por uma notícia que vi no fantástico programa global, imaginei que o texto de Saramago pudesse estar também relacionado com a tal notícia. Não me enganei. Ao anúncio de uma técnica científica que pode apagar todas as memórias de uma pessoa, com o uso de uma molécula, Saramago respondeu com um sonoro NÃO! E faço coro com ele. Eu não quero ter as minhas recordações apagadas, deletadas como arquivos em um computador, de que não se precisa mais.
O texto, como sempre, correu gostoso, com sensibilidade saltando a cada linha. E faço minhas as palavras de Saramago: "Somos a memória que temos, sem memória não saberíamos quem somos."
O filme Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças já havia abordado esta questão, contando a história de um homem que, após sua ex-namorada submeter-se a tratamento para esquecê-lo, resolve fazer o mesmo. Aliás, está aí ótima dica para o fim de semana - alugar e assistir a este filme, que tem Jim Carrey em uma atuação emocionante, sem caretas e piadas sem graça.
Se eu puder indicar mais uma coisa a vocês, o texto de Saramago, obviamente, merece ser lido. Só pra dar água na boca, deixo aqui mais um trechinho então:
"Sou um bicho da terra como qualquer ser humano, com qualidades e defeitos, com erros e acertos, deixem-me ficar assim. Com a minha memória, essa que eu sou. Não quero esquecer nada." - José Saramago, Recordações.
Foto: imagem do filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
"Sou um bicho da terra como qualquer ser humano, com qualidades e defeitos, com erros e acertos, deixem-me ficar assim. Com a minha memória, essa que eu sou. Não quero esquecer nada." - José Saramago, Recordações.
Foto: imagem do filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
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