Se perguntarem, não estou pra ninguém.
Não atendo telefone, não abro e-mail,
não abro a porta pra visita nenhuma.
Twitter? Deletei a conta.
Orkut? Tô contando os dias.
Quero ficar incomunicável
pelo menos por um tempo.
Saio sem ter data pra voltar,
sem nem saber se volto.
Do meu destino, tampouco sei.
Só sei que aqui eu não caibo mais.
"Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!"
- Trecho do poema Cântigo Negro, de José Régio, que pode ser lido na íntegra em Brusca Poesia.
Imagem: da galeria de Helerson Oliveira, no Flickr.
3 comentários:
Tempo às vezes necessário..
Vim, li e aguardo o retorno.
Pra você, Bruno, estou sempre aqui.
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